Um dia de chuva como outro qualquer no fim de ano, e sentada observo pela porta: Um terreno aparentemente baldio.
Chove quase silenciosamente lá fora, o barulho dos automóveis dificulta muito prestarmos atenção nesse som tão suave.
Aquele terreno baldio e maltratado, ninguém repara nele, aposto que quem já parou pra olhar para aquele muro branco que envolve tantas árvores nunca reparou na beleza dele, sempre vêem as coisas como feias ou da responsabilidade dos outros, ou mesmo nem vêem, afinal, é tanta coisa pra pensar!
As pessoas estão nele apenas de passagem, á caminho de algum lugar, muitas vezes correndo ao mercado, atrasadas pro ônibus ou indo pra casa com tantas preocupações que acabam se tornando egoístas, pensando apenas em si mesmas e não reparando sequer numa esquina.
Esse terreno tem sua beleza, assim como tudo tem, acho que ninguém nunca o viu como eu o vejo, tão cheio de vida. Por mais que a nossa visão seja limitada ao verde das grandes árvores, sabemos que aquelas árvores dão frutos e estão fazendo um grande papel nos ajudando, elas respiram e nos ajudam a continuar a respirar. Todos sabem disso, mais poucos observam o que está tão perto.
Aquela esquina do muro branco. Por dentro um terreno verde, com suas árvores que abrigam animais, que tem seus frutos e seus frutos servem de comida e até de adubo.
A beleza está nos olhos de quem a vê.
Do outro lado da avenida têm um terreno, quem sabe dele?
P.S. Eu nunca reparei naquela esquina;
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Dizae